Apenas pensamentos embaralhados. Estou tentando me por em ordem.

terça-feira, 13 de julho de 2010

Deluded Frozen Heart.

  E eu novamente estou aqui, no mesmo lugar, com o mesmo sentimento escondido em meu peito. Sem saber o que fazer, e pra onde correr. Eu realmente não acredito que estou de novo da mesma maneira, sentindo quase a mesma coisa, pensei que nunca aconteceria novamente. Mas então me encontro no mesmo quarto escuro, ouvindo a chuva cair na janela, o cheiro de terra invadindo meus pulmões, a música me envolve me levando mais adentro de mim. Me perco, como sempre acontece, na imensidão de um só ser, na imensidão da alma, dos pensamentos. Das lembranças e dos desejos. Os anos se passaram, eu achando que isso jamais voltaria, de certa forma voltou, mais de uma maneira diferente. Mais forte, mais pura. Continuo fantasiando situações, imaginado coisas. Se tudo fosse verdade, onde estaria. Provavelmente não aqui, na companhia de mim mesmo. No silencio eterno.
O frio invade meu peito, cobertores já não resolvem mais, é o frio da alma, o frio de um coração vazio. Começo a tremer e lágrimas escorrem de meus olhos, ouço minha respiração compassada, não sei mais o que pensar, muito menos como agir. Desejo com todas as forças mudar isso, realmente me doar a alguém podendo assim me esquentar e descogelar meu coração. Não quero que me complete, sou tão denso que isso me enlouqueceria. Quero dar um pedaço meu, me doar, para poder então ser feliz. E assim meu coração poderá voltar a bater, voltar existir.
Talvez ele nunca tenha vivido realmente, e tenha sim sido uma grande ilusão, um pequeno momento, ocorreu uma leve batida, e assim ele imaginou viver, amar. Não, esse coração congelado nunca foi realmente amado, ele já amou, de forma simples, forma pura, mais mesmo assim complexa, sem poder imaginar o real valor desse sentimento. Agora depois de um bom tempo de amores inventados, que o iludiram, ele se encontra novamente em situação parecida. Não sabendo mais sobre nada.
Continuo encarando o teto de meu quarto, o vapor da água ainda sai do banheiro, me rodeando e inebriando minha cabeça. Tinha tentado lavar minha alma, numa tentativa frustrada de melhorar alguma coisa, mais não adiantou nada. Muita coisa para apenas se amenizada por água. Fico confuso, nesse emaranhado de sentimentos e sensações. O vento gelado passa pelas frestas me provocando um arrepio na espinha. Já não sei mais o que fazer, já não consigo mais pensar. Entrei novamente em meu mundo dos sonhos. Onde provavelmente é melhor que este lugar, agora já não consigo mais agir.
E então meu coração congelado continuou não sabendo realmente o que é o amor.

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